sábado, 27 de março de 2010

Festas, exclusão social e uma loira gelada

Durante a vida inteira minha visão de faculdade foi criada pelos milhares de filmes americanos da década de 80 que mostravam a faculdade como um lugar formado por alunos malucos, fraternidades, festas, rock'n roll e muitas mulheres.

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Mas levei um tapa na cara ao descobrir, depois de anos, quando finalmente ingressei na faculdade que mentiram para mim durante minha vida inteira. Festas? São raras. Alunos malucos? É... tem alguns mas nada de mais. Mulheres fáceis? Bem, se eu tivesse um carro, fosse bonito e rico... pensando bem, sendo rico não precisaria ser bonito. E se isso não bastasse ainda poderia pagar pelo serviço.

A grande verdade é que faculdades são um saco! A única coisa que aprendi foi a beber cerveja. Logo quando entrei minha cunhada me ligava antes do intervalo para beber.
Tínhamos 10 minutos de intervalo (que era estendido pra 20 ou 30) onde aprendi a beber cerveja. Virava garrafas de cerveja em tempo recorde.

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Inclusive logo que entramos na faculdade minha cunhada fez amizade com os playboys da sala dela, e por consequência fui apresentado a eles, o que me deu acesso a um mundo completamente novo.

Nessa ocasião, ela, o marido e eu fomos convidados para uma festa na casa de um deles. Já fui em muitas festas no meu tempo de roqueiro vagabundo drogado e maluco. Já frequentei os mais variados lugares, casa de estranhos, parques e até mesmo em um ferro velho, que foi uma coisa assustadora porque o lugar lembrava o ferro velho do filme "A hora do pesadelo".

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Mas festa em casa de playboy com piscina era a primeira vez. E devo dizer que festa na piscina é maravilhoso.

Imagine mulheres que não fazem porra nenhuma o dia inteiro já que não precisam trabalhar ou estudar, então podem passar o tempo todo na academia ou em clínicas de tratamentos de beleza e estética, estupidamente gostosas usando apenas biquíni. Se tem algo que represente o paraíso, deve ser isso. Claro que uma suruba com todas elas usando absolutamente nada representa melhor, mas não era esse o caso.

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Junte mulheres de biquíni com churrasco. E não falo daquele churrasco de pobre feito na laje, com carne de gato, linguiça e asa de frango. E sim picanha, filé mignon e pão de alho.

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A bebida então nem se fala. Vodka Balalaika? 51? Cerveja barata? Nada disso! Era Whisky, Smirnoff, Tequila e energéticos.

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E como fumar maconha em seda roubada de lanchonete, a última novidade no meio da playboizada era o Narguilé

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É possível fumar praticamente tudo nesse treco! Além dos fumos próprios, é possível fumar bebidas, drogas, gatos, comida, qualquer coisa que imaginar!

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Me senti um estranho no ninho, aquilo era outra realidade, mas aos poucos me adaptei ao meio como um camaleão.

Claro que a bebida une as pessoas, quebra barreiras sociais, e no fim da festa estavam todos bêbados e iguais.

No fim da festa ainda faturamos uma garrafa de vodka e uma de tequila. Uma pena que essa foi minha única festa de faculdade.

E lembre-se de curtir a vida...

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