Ah, o Bairro da Liberdade. Um pedacinho do Japão em plena São Paulo. Mas tambem é uma dimensão alternativa habitada pelas mais bizarras criaturas.
Resolvi explorar esse ambiente estranho e trago aqui o relato desse excêntrico safári.
Ao passar pelo portal que se encontra em algum túnel do metrô, você sai em um mundo onde o ridículo não existe.
Na Liberdade tudo se mistura, ninguém é de ninguém. Uma das espécies encontradas nesse mundo alternativo são os Otakus.
Resultado de uma anomalia génetica, eles vêm de uma linhagem de nerds. Gostam de anime e absorvem o pior da cultura japonesa.
Um exemplo de otaku fazendo cosplay
É possível encontrá-los nas escadarias da estação de Metrô, geralmente em bandos, com mochilas enormes cheias de mangás, dvds piratas de anime e até suas fantasias de cosplay. Pode-se ouví-los de longe, já que suas mochilas estão sobrecarregadas de chaveiros de anime e j-rock, já vi mochilas com mais de cem.
Geralmente se vestem para chamar a atenção, nem que seja de sobretudo, luvas e chapéu num sol de 40º, além de chapinha para tentar atingir o alisamento capilar típico dos orientais.
Eles ficam lá, tomando Mupy (a bebida número 1 dos otakus) e brincando de lutinhas soltando seus golpes ninjas que viram em Naruto.
As otakas, espécimes do sexo feminino (ou não) são igualmente bizarras: sem vida social, possuem apenas amigos otakus, geralmente estão acima do peso e cheias espinhas na cara. Costumam idolotrar mais o personagem principal de um anime desconhecido do que seus próprios namorados, também otakus e, se possível, orientais.
Adoram fazer cosplay e passear na Liberdade usando orelhinhas de gato feitas de pelúcia vagabunda e expressões como "Kawaii" e "Nyaaa" enquanto tentam fazer os otakus se beijarem (e eles fazem isso só para agradá-las).
Geralmente os otakus aparecem em determinadas épocas do ano em eventos, onde se reproduzem, mas pode-se encontrá-los a qualquer momento na Liberdade.
Assim como os pombos, os "ratos que avoam", eles são uma praga que merecem a extinção. Aliás, malditas velhas malucas turistas que vão à Liberdade e ficam alimentando essas pragas.
Mas nem todas as otakas são dispensáveis. Existe uma, mais conhecida como Serena Limãozinho que resolveu se aventurar no mundo do pornô após anos fazendo cosplay em eventos.
E já que falei nos pombos... Porra, minha senhora, não jogue milho ou crianças para as pombas comerem, porque elas descem da onde estão em bando jogando pena e piolhos na comida de quem está comendo na feirinha.
Aliás, a feirinha aos domingos é um caso a parte. Lá é possível provar pratos típicos da culinária japonesa. Mas por sua conta e risco, afinal é como comer um Churrasco Grego.
Mas os mais corajosos poderão provar iguarias como:
Yakissoba: Macarrão oleoso cheio de legumes e alguma carne de procedência duvidosa
Takoyaki: Bolinhos de polvo
Tempurá: Um pastel de vegetais estupidamente oleoso
Camarão: Espetinhos de camarão. Cuidado, esse é mortal. Após ingerido terá apenas alguns minutos para achar o banheiro.
Bifun: É um macarrão fino feito de arroz com legumes. Um Yakissoba light.
Churrasco: Em vez de carne de gato, usam carne de cachorro.
Dorayaki: Panquequinhas doces com recheio de creme ou de feijão doce (sim... feijão doce)
Acarajé: Sim! Pode encontrar lá também, vendidos por uma autêntica Japonesa Baiana.
Melona: Um sorvete quadrado no palito com gosto de melão e outros sabores. Caro pra cacete.
Ao andar pelas ruas, poderá ver um tiozinho pregando a palavra de Deus em várias línguas, um verdadeiro poliglota.
Um dos principais pontos turísticos da Liberdade é o Sogo, um shopping-galeria onde é possível comprar as melhores mercadorias mande in china, hong kong e corea.
Destaque para uma loja de artigos góticos, onde você pode tirar uma foto dentro de um caixão ou dar uma volta na vassoura (mas hein?) por apenas R$1,50.
Existem ainda inúmeros restaurantes Orientais, recomendo ir com alguém que entenda o que vem escrito no cardápio, ou pode pedir uma coisa que parece frango e na verdade ser um treco que vai lhe fazer vomitar por horas. Também pode beber um belo saquê (mas por favor, não invente de lamber o pratinho). Alguns desses restaurantes possuem uma área reservada para o Karaokê.
Falando nisso, Karaokê é uma coisa do inferno, mas esses da Liberdade são literalmente uns "inferninhos". A primeira vez que fui em um, me senti entrando em um puteiro, subindo escadas e entrando em uma salinha mal iluminada, onde pode soltar todos os seus talentos musicais sem passar vergonha.
Espero que esse pequeno guia o ajude a sobreviver a essa aventura.
E fiquem agora com a Deusa de Rosa com Orelhas de Coelhinho
Pena... muita pena.
Não se esqueça dos mercadinhos =P incrível o tanto de bizarrice q tem neles... é alga com jeito de gaze de embrulhar múmia, ovos centenários, bichos do mar desidratados, conservas com cheiros estranhos, o terrível natto (you know, soja fermentada) e por ae vai... pura diversão :D
ResponderExcluire ve se não esquece os espaços na próxima o_ó
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