terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Crítica: Ocean Heaven

Recentemente assisti ao belíssimo filme Ocean Heaven (Haiyang tiantang 2010)

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O filme conta a historia de Wang Xincheng (Jet Li), um pai viúvo que tem que cuidar de seu filho autista Dafu (Wen Zhang), de 21 anos.

Dafu, como todo autista, vive em seu mundo particular, repete o que as pessoas lhe dizem, mantém tudo em casa em lugares determinados e talvez não esteja totalmente ciente da morte de sua mãe, ocorrida há alguns anos.

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Trabalhando em um aquário, Sam Wong mostra extremo cuidado e carinho com seu filho e ainda conta com a generosa ajuda de seus vizinhos.

Porém, Wong descobre que esta com câncer e não sabe o que fazer. Afinal, quem cuidará de Dafu?

Ele então terá que encontrar um local adequado para seu filho. Ensinar Dafu coisas básicas para sobreviver sozinho, como pegar um ônibus, usar dinheiro, cozinhar um ovo e até mesmo se vestir.

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Quem esta acostumado a ver Jet Li nos filmes de luta, vai se surpreender com sua atuação nesse filme. Ele consegue passar todo o drama de um pai que cuidou a vida inteira do filho e agora sabe que vai ter que deixá-lo. E quem irá cuidar dele da maneira correta? Ainda mais com os problemas que tem?

Não tem como se emocionar vendo um homem que se mostra forte e determinado a cuidar de seu filho, mas ao mesmo tempo frágil e debilitado pela sua doença, lutando para dar um futuro melhor para o filho.

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O filme ainda conta com a belíssima trilha de Joe Hisaishi, conhecido por sua parceria com Hayao Miyazaki nas animações do estúdio Ghibli, além da trilha de A Partida, já comentado aqui.

O filme é uma colaboração filantrópica, para chamar a atenção para o autismo, pois a China abriga mais ou menos dez milhões de autistas. Para se ter uma ideia, o salário de Jet Li para participar do filme foi de um dólar. Ele se emocionou tanto com o roteiro do filme que resolveu atuar de graça.

É um filme tocante e sensível, que mostra um pai capaz de tudo por seu filho. Nos faz pensar, refletir sobre coisas como a nossa vida, nossos pais, nossos filhos.

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Sem dúvida nenhuma é um emocionante filme que todos devem ver. E se Jet Li, o cara que bate em todo mundo e pode derrubar você com uma mão, chorou, eu ganho um desconto dessa vez. Terminei o filme com a cara inchada, e não era de cachaça.

O filme talvez nunca seja lançado por aqui, o que é uma pena. Mas a internet está aí pra isso. Corram atrás, baixem, e assistam. Vale muito a pena.

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