sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Crítica: A Coisa

A COISA (The Stuff, 1985) é um dos filmes que me faziam cagar de medo na infância. Passava praticamente toda semana no SBT, junto com "A Lagoa Azul" e "O Homem Cobra".

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O filme começa com um minerador que encontra no meio da neve, saindo de um buraco, uma substância branca e mole. Como qualquer pessoa normal faria, ele pega aquilo com o dedo e prova. Claro, porque não? E descobre que aquilo é gostoso.

Então porque não pegar isso e vender? Tempos depois "A Coisa" está em todos os lares e supermercado. Aliás, aprendam estudantes de publicidade: eles pegaram uma gosma branca saindo de um buraco no chão, batizaram como "A Coisa" e conseguiram vender a milhões de pessoas. Isso que é jogada de marketing!

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Eis então que surge David “Mo” Rutherford, um ex-agente do FBI que virou espião industrial. Ele usa botas de caubói com terno cinza e foi contratado por donos de fábricas de sorvete para investigar "A Coisa" e descobrir a fórmula do doce, que estava levando todos os concorrentes à falência.

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Enquanto isso, um garoto chamado Jason, ao abrir a geladeira no meio da noite, vê um pote caído e A Coisa se mexendo. Depois de um tempo sua família passa a agir de forma estranha, comendo cada vez mais e mais do quitute duvidoso.

No meio da investigação Mo encontra Nicole, a responsável publicitária pela marca "A Coisa" e Charlie Chocolate, dono de uma fábrica de chocolates falida por causa da Coisa e que como ele mesmo diz, não precisa de armas, apenas de seus punhos.

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David acaba salvando Jason de sua família dominada mentalmente pela Coisa e juntos, eles tentam combater a ameaça da sobremesa assassina convencendo um militar fanático de direita, Coronel Malcolm Grommett Spears, para lançar seu exército contra a invasão de uma raça de criaturas alienígenas que manipulam suas vítimas transformando-as em escravos, alimentando-se de suas vísceras.

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Infelizmente o filme não sobreviveu à regra dos 15 anos. Nem mesmo a cena do Charlie Chocolate, que antes me causava medo, só me fez rir da tosquice dos "efeitos especiais".

Por outro lado, o filme é uma crítica ao consumismo, o sentimento obcecado contra um suposto inimigo que quer tomar a liberdade dos cidadãos americanos, além também de enfatizar o incrível fascínio que as armas despertam nos americanos.

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E fica difícil não se lembrar da Coca-Cola: um produto de receita desconhecida, que dominou o mercado tendo como principal motivo para isso o fato de viciar o consumidor.

Você está comendo a coisa ou ela está comendo você?

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