quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Peitos, decotes e uma pilha

Esses dias, voltando da faculdade, ônibus lotado, gente feia, calor infernal, suado, fedido, fedendo com cheiro dos outros que encostam em mim... enfim, uma situação deprimente. O que me consola é poder ouvir meus podcasts no mp3.

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Pois bem. Lá estou eu, uma mão segurando no ferro do ônibus, mochila em um ombro, fones no ouvido, rindo como um idiota sozinho por causa do podcast. Então tudo se silencia e volto a ouvir os sons ao meu redor. Era funk no celular, bêbados falando merda, gostosas burras de faculdade metendo o pau nas amigas... meu deus! Acabou a pilha!

"Ok, acalme-se... tem outra na bolsa, só trocar". Comecei a ouvir a musica de missão impossível na minha cabeça, enquanto tentava me segurar no ônibus, com o motorista motoboy-cachorro-lôco-estou-com-dor-de-barriga-e-quero-chegar-logo-em casa virando em cada curva fechada que faria Vin Diesel em Velozes e Furiosos parecer um velho dirigindo, enquanto minha outra mão, habilmente tira a tampa do mp3 com o dedão e tenta soltar a pilha.

O que eu não contava era com a Lei de Murphy atuando naquele momento, pois ao tentar soltar a pilha, a mola do aparelho a impulsionou de um jeito que a pilha saiu voando, passou pelos meus dedos e eu a vi, em câmera lenta, ir caindo aos poucos dentro do decote da mulher que estava sentada abaixo de mim.

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Quando a pilha fria entrou no meio das peitcholas da mulher... ela começou a gritar assustada e a meter a mão nos peitos. Todo mundo olhando e eu tentando consertar a situação tentando pegar a pilha:

- Calma senhora... é só a minha pilha, deixa que eu pego... pensando bem, a senhora pega...

Enquanto isso ela me lançava um olhar ameaçador de quem poderia me matar ali mesmo sem muito esforço.

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Tentei disfarçar o sorriso quando ela deu a pilha quentinha e disfarçar a cara de vergonha por estarem todos no ônibus olhando pra mim e rindo.

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