sexta-feira, 27 de maio de 2011
Crítica: A Casa
Uma câmera fotográfica digital emprestada, US$ 6 mil e quatro dias de rodagem foram suficientes para o uruguaio Gustavo Hernández filmar A Casa (La Casa Muda), um filme experimental de terror escolhido para participar do Festival de Cannes.
Baseado em uma história real ocorrida num vilarejo uruguaio no final de 1940, o filme mostra a história de Laura e seu pai, responsáveis por organizar uma casa para que o proprietário possa vendê-la. Os dois precisam de passar a noite na cabana para começar os ajustes na manhã seguinte. Tudo corria normalmente até Laura escutar um barulho fora da casa, mas de repente passa a ser ouvido ali dentro também.
Você já viu isso em outros filmes. A diferença aqui é a forma como é mostrado.
A película foi filmada para parecer que foi feito em um único plano-sequência, aproveitando a pouca luz para causar uma atmosfera sinistra e tensa, o que dá a sensação de que estamos ali juntos com Laura.
Muito disso se deve à maneira como foi filmado, e vemos tudo isso como Voyeurs, com a câmera sendo nosso ponto de vista, ou assumindo a visão da protagonista.
É possível comparar o filme com o já clássico Bruxa de Blair, Cloverfield, Rec ou mesmo o péssimo Atividade Paranormal, mas A Casa vai muito mais além. Apesar do final que fica aberto para várias interpretações, é um filme que merece ser visto no cinema, para aproveitar aquele clima maior de imersão ao filme (claro, desde que pegue uma boa sessão sem pessoas idiotas).
O filme estréia dia 08/07/2011, distribuído pela Playarte.
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