sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Open Bar, gordinhas e uma tentativa de estupro

A anos atrás, depois de ter pendurado a roupa preta e ter virado gente, fazia um bom tempo que não aparecia no meio rock.

Até que recebi um convite para um festival de New Metal. Como não tenho mais pique pra isso, recusei. Mas quando meu amigo me falou as palavras mágicas "OPEN BAR" meus olhos brilharam como uma criança que prova um doce pela primeira vez, minha boca salivou e engoli em seco. Open Bar... beber sem limites até cair. Como não fazia há muito tempo, seria bom relembrar os velhos tempos e beber até passar mal por uma ninharia.

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Ok, aceitei a proposta. Ao chegar no local, descobri que se tratava de uma casa noturna adulta, um club de strip de luxo e um puteiro pra quem tem dinheiro, que alugara o local para o evento.

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Ao entrar no lugar vi um palco com barras de ferro e decoração bem típica. Mas lá estava ele, no meio daquela escuridão, brilhando e me chamando, quase como um ser divino, o bar. Ao ver os whiskies, vodkas e absintos me senti no céu (espero que no céu tenha bebida).

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Saí praticamente voando, flutuando até o bar. Pedi uma dose de vodka e quase caí pra trás com o valor da dose. Questionei o barman:

- Peraí, não era Open Bar?
- Open Bar? Ah sim, o Open Bar vai ser lá no subsolo...

Alegria de pobre dura pouco mesmo. Aí comecei a conversar com o Barman e descobri que a puta mais barata ali era na faixa dos 200, 300 reais, ou seja, é pra quem pode.

Aí desci até o subsolo, um porão quente e sujo, para o tal Open Bar. Quando se ouve Open Bar, você imagina que pode chegar e pegar qualquer bebida na faixa. Mas não era bem assim...

Era um balcão onde estavam servido cerveja quente em milhares de copos de plástico. Esse era o balcão da cerveja. O Outro, das bebidas "quentes" ou destiladas, era do outro lado.

Quando cheguei lá, a cena que presenciei foi terrível. Já viram nos jornais o exército da salvação, com aqueles caminhões de água e comida nas regiões mais pobres? Onde as pessoas se aglomeram e tentam desesperadamente pegar algo? Era mais ou menos isso o que eu vi.

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As figuras mais estranhas, amontoadas, com a mão pra frente implorando por algo. Quem conseguia gritar mais algo ou tinha o braço maior era atendido pelo "Barman", que uma figura no mínimo bizarra: ele tinha chifres. Colocou pontas de ferro por dentro da pele. Aqueles calombos na sua cabeça lhe renderam o apelido de chifrudo, corno, chokito, entre outros que não lembro agora.

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Enquanto estou lá, me esgoelando por vodka, percebo que o cara ao meu lado grita por uma farmácia. A farmácia é a bebida mais fácil de se fazer, não requer prática nem habilidade do barman, porque ele simplesmente pega tudo que tem no bar e mistura em um copo.

Como ele conseguiu a farmácia primeiro que eu e sensibilizado pela minha luta por uma dose de vodka barata, ele me oferece um gole da farmácia. Eu aceito e bebo um pouco, e quando finalmente consigo minha vodka ofereço uma dose pra ele. E naquele momento começou uma sociedade em prol do consumo de álcool.

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Porque sair dali do balcão e conseguir voltar novamente, atravessando o mar de pessoas, seria difícil. Então uma pessoa ficava ali no balção, conseguia a bebida, tomava um gole e passava para as pessoas atrás. Depois era feita uma troca e o de trás passava pro balcão, pegava a bebida, tomava um gole e passava para o que antes estava no balcão e para os demais.

Fomos nos revezando e bebendo. Bombeiros, vodka, menta, conhaque, 51, farmácia... era pegar, beber e passar para trás. Metade das pessoas ali já estava fazendo parte do "Clube da Bebida" e no meio delas, uma gótica com lindos, enormes e saltados seios brancos.

Notei várias pessoas pedindo pra ficar com ela, mas ela recusava todos, afinal já estavam mais bêbados que um gambá (nunca entendi essa expressão, gambás bebem?).

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Aí bebida vai, bebida vem, puxei assunto, papo vai, papo vem, pensei: "por que não?"

- Está dando fora em todo mundo... por acaso está se guardando pra mim?
- Não, você está bêbado também!
- Eu bêbado? Tá maluca?!

E realmente, aquela hora eu ainda não estava bêbado...

- Sim, você tá bêbado como todo mundo que já dei o fora.
- Eu não estou, e posso provar!
- Duvido!

Nisso, com o apoio de um dos sintomas da bebida, que é a coragem, puxei a gótica e a beijei.

- Viu, eu disse que não tava bêbado!

Com isso, larguei o clube da bebida com meu novo amigo e fundador e fui tratar de negócios mais importantes.

Mas ao sair da muvuca, e olhar com mais calma, notei que ela era um gótica assim... acima do peso.

Eu caí na mais antiga tática das gordinhas. Segundo o Kid, do blog Hoje é um bom Dia, a tática do decote seria:

"Sabendo que seus avantajados melões são essencialmente a única parte atraente de seu corpo, a Gordinha investe totalmente nesse ângulo de ataque.

Usando blusinhas que foram projetadas para comportar seios infinitamente menores, a gordinha prepara suas tetas de forma que elas acabam se amontoando até encostar no queixo.


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Elas fazem isso porque conhecem um detalhe importante da mente masculina: Somos seres simples, de fácil entretenimento, que não conseguem focar sua atenção no quadro geral após terem visto alguma parte feminina de interesse. A ideia é camuflar o resto do corpo asqueroso e indesejado oferecendo uma isca visual.

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Ao esbarrar com uma Gordinha, a visão de seu decote, que dá a impressão que a blusa dela está prestes a explodir e espalhar peito gordo por todo lado é hipnótica.

É a primeira coisa que vamos notar, e uma visão geralmente cuidadosa, demorada, que obscurecerá o resto do corpo. É assim que funciona o truque. Quando a vítima percebe já é tarde demais".


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Por isso só fui perceber que ela era gordinha quando abracei. Continuei hipnotizado pelos seios, mas ao tocar a cintura percebi que havia algo errado. Por trás daquele rosto bonito e por baixo daqueles seios avantajados, havia mais... muito mais.

Mas tudo bem, que atire a primeira pedra quem nunca pegou uma gordinha. A vantagem de ficar com uma gordinha é que elas dão o máximo de si. Vai saber quando terão outra chance novamente.

Aí subimos para ver o show da banda, e enquanto assistia a bebida começou a me subir à cabeça.

Todas as doses viradas subiram de uma vez, e em questão de segundos fiquei descabelado, a barba cresceu e minha língua ficou com três metros e fiquei com aquela cara de bêbado. Mas não podia deixar a garota perceber, tratei de falar pouco e disfarçar.

Nisso ela me puxa para ir ao subsolo novamente. E ao descer a escada senti todo os males do efeito da bebida. Acho que teria descido a escada rolando e quebrado o pescoço se não tivesse segurado com todas as minhas forças com um braço no corrimão da escada, com o corpo inclinado em 90°. Claro, sem deixar ela perceber isso.

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Enquanto estou dando uns amassos, meus amigos félasdasputa tentavam me enrabar. Foi um desafio beijar a mulher, usar uma mão para apalpar e a outra para bater no corno que tentava enfiar o dedo na minha bunda. Muito obrigado, meus amigos.

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Ao amanhecer, com todos indo embora, ela quer me passar o telefone.

- Anota meu número no celular.
- Então, não trouxe ele. Mas faz o seguinte, me fala o numero que tenho boa memória.

Mentira. Eu normalmente não lembro quando estou sóbrio, imagine quando estou bêbado. Tanto que ela falou o número, nos despedimos e quando ela virou a esquina eu já não lembrava o número. Se bem que não ia querer ver ela novamente.

Mas foi uma boa noite, bebi até cair, dei umas bitocas, preservei meu rabo do ataque dos meus amigos e ao chegar em casa dormi como um bebê.

E em homenagem às gordinhas...

Um comentário:

  1. Ri muito com seu post mais que preconceito fdp contra nos as gordinhas heim amigo kkk

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